o homem e o actor

Quero a mim e a todos que têm a paciência e a curiosidade de continuarem a visitar este blog, de justificar o tempo de ausência. O facto de só hoje voltar ao blog, não tem nada de paranormal, apenas o facto de que tenho vivido um período intenso de trabalho (ao nível profissional), que felizmente tem pairado sobre a URZE.

A ideia de entrecenas, permite-me conjugar a actividade profissional com a vida pessoal, mantendo uma relação “amorosa” que em determinados momentos uma aprende, ou desaprende, com a outra. Neste caso, tenho a firme certeza que a profissional fez-me definir parte da personalidade, que em muitas ocasiões, por força do palco procura fanaticamente outras personagens.

Esta relação atribulada, entre mim e os outros que tenho percorrido por imensos palcos, leva-me a interrogar sobre a experiência teatral e a experiência da própria vida, serão elas pequenos actos, que devam ser vividos de forma intensa e num curto espaço de tempo, ou a ânsia de lucidez obriga deliciar cada momento, impondo uma rotina saudosista dos prazeres diários? Serão esses mesmos actos, acções de faz-de-conta ou experiências reais que devam ficar registadas como uma fotografia virtual?

Onde está o homem e o actor? Um só? Ou dois?

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