Em cada dia que se inicia ...
Em cada dia que se inicia há uma fonte de água que rega as pedras que edificam as horas que passam e que constroem cada momento que temos pela frente.
É essa fonte que mata a sede sempre constante dos minutos que constroem o caminho do tempo. Nesse percurso constante, da fonte até ao mar passando pelas pedras de granito, ouve-se o inconfundível som da água que se retém nos nossos ouvidos e com ele sentimos uma genuína e humana sensação que nos desperta os sentidos. A água. O vento. O frio. O calor. Escutamos. Escutamos sempre, e ouvimos tudo. Ouvimos os outros, os perdidos, os tímidos, os poderosos, os fiéis e os amantes, … e um gato. Um gato que mia, que nos conduz para a cidade, para o meio dos desprovidos, dos depravados, dos loucos, dos peões, bispos e reis que avançam num tabuleiro de cinza-escuro e cinza-claro, de onde se levantam derreados para jogar um jogo viciado e cobiçar o pão. O pão. O material e o imaterial. Mas no fim, cabe-lhes apenas o cansaço, a humilhação e a fome.
É essa fonte que mata a sede sempre constante dos minutos que constroem o caminho do tempo. Nesse percurso constante, da fonte até ao mar passando pelas pedras de granito, ouve-se o inconfundível som da água que se retém nos nossos ouvidos e com ele sentimos uma genuína e humana sensação que nos desperta os sentidos. A água. O vento. O frio. O calor. Escutamos. Escutamos sempre, e ouvimos tudo. Ouvimos os outros, os perdidos, os tímidos, os poderosos, os fiéis e os amantes, … e um gato. Um gato que mia, que nos conduz para a cidade, para o meio dos desprovidos, dos depravados, dos loucos, dos peões, bispos e reis que avançam num tabuleiro de cinza-escuro e cinza-claro, de onde se levantam derreados para jogar um jogo viciado e cobiçar o pão. O pão. O material e o imaterial. Mas no fim, cabe-lhes apenas o cansaço, a humilhação e a fome.
(excerto do texto/espectáculo ENTREPAREDES produzido pela Urze Teatro)
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